Genève, uma cidade internacional
Neste bonito mês de outubro, estive na capital do cantão francês da Suíça. O frio dos Alpes mal se fez sentir e esteve sempre um clima magnífico para passear por Genève.
São muitos os portugueses que escolhem Genève para viver e trabalhar. O propósito da minha visita foi, justamente, visitar amigos que por lá estão a construir a sua vida.
Sem a necessidade de alojamento e, com uma hospedagem muito familiar, fomos sem ideias formadas da cidade, apenas com o intuito de visitar.
Fomos sem planos e descobrimos os recantos mais bonitos da cidade. Desde o seu magnífico lago, com o jato de água, até aos varandins que compõe a paisagem e embelezam a zona alta da cidade.

O outono transforma todas as cidades, fá-las parecer mais antigas e com mais história.
Por entre a arquitectura europeia e as típicas casas alpinas, descobrimos uma cidade acolhedora, pequena o suficiente para se andar a pé, e grande o suficiente para não nos sentirmos oprimidos por um só tipo de paisagem.
Descobrimos que nesta cidade, tal como em alguns países da Europa de leste, as pessoas são, invejavelmente, práticas. Vestem-se de forma simples e confortável, vivem de mochila às costas, passeiam ao pé do lago e comem nos jardins para aproveitar todos os raios de sol.
Concentram-se em Genève muitas sedes de multinacionais e organizações da maior importância. Por ser um país neutro, a Suíça consegue reunir as condições ideais para a localização de organizações como as Nações Unidas. Embora a sua sede oficial seja nos Estados Unidos, a sua delegação europeia de maior importância é em Genève.
Durante a nossa visita, tivemos o privilégio de ir ao dia aberto da ONU, que decorre todos os anos, em outubro.
Por entre salas majestosas e vastos jardins, fomos visitando o cenário de discussões tão importantes como os Direitos do Homem ou a mais recente questão das migrações dos refugiados.
Para mim foi extraordinário poder conhecer o Palácio das Nações num dia tão especial. A heterogeneidade de culturas, línguas, cheiros e cumprimentos marcou esta manhã em que pude provar comidas típicas de alguns países e testemunhar a integração, perceber que é possível reunir pessoas tão diferentes no mesmo espaço de conversa e tomar decisões que dizem respeito a todos.
Será este, o Palais des Nations, a minha mais segura sugestão de visita nesta cidade, sendo muito diferente visitá-lo num dia normal. Além do custo (12 francos p/ pessoa) haverá uma visita possível numa das 15 línguas disponíveis, onde o português está contemplado.
Junto à entrada principal está uma escultura de Paul Vermeulen, representando uma cadeira em que uma das pernas se encontra partida. A escultura tem 12 metros, e o objectivo de alertar o mundo para a dimensão trágica dos amputados, vítimas de ataques com minas terrestres.
Esta obra recebe, todos os dias, muitas pessoas que a fotografam, considerando-a um símbolo.
Muitas desconhecem a sua verdadeira história.
Do outro lado da cidade, junto ao Viaduto da Junção, observamos a junção de dois rios. O rio Arve, com uma cor acinzentada, une-se ao Rhône, com águas cristalinas em tons de azul, formando um só rio que segue o seu curso.
Conhecer Genève implica poder observar a vida e os costumes dos seus habitantes. Se o objectivo for, também, ver as ruas com vida e lojas abertas, o fim-de-semana não é a melhor opção.
Os Suíços não têm o hábito de trabalhar ao fim-de-semana, o que torna as cidades menos bonitas, pela falta de movimentação nas ruas. As lojas estão fechadas, os cafés e restaurantes estão quase todos encerrados e os suíços aproveitam os dias livres para descansar à beira rio ou fazer desportos como o ciclismo ou a corrida por entre as paisagens alpinas.
Custo médio deste Tour:
- Voo Porto-Genebra - 130€/pessoa (ida e volta - sexta a domingo, no mês de novembro)
- Transportes públicos - cerca de 3€/ viagem
- Alojamento (via Booking)- desde 100€/noite
- Visita ao Palais des Nations - 12 francos/ pessoa
Viajar é abrir portas ao mundo. Aproveitem e vão!
Bons passeios!
Rita, her.
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